São meia noite e quinze aqui deste lado do mundo, no Brasil deve estar perto do meio-dia.
Acabamos de comemorar a virada do ano, vivemos no futuro, estamos a frente... mas a frente de que?
Tivemos uma ceia, nos divertimos, estava realmente muito bom. Viemos para nosso apartamento e aqui esperamos pelos fogos de artificio. Onde estavam eles? Vimos alguns poucos na torre de um casino em Macau. Em Zhuhai, nossa cidade, tambem tivemos uns quatro ou cinco, provavelmente algum outro estrangeiro com saudade de casa.
Sintam-se abraçados, deêm muito valor as amizades e pessoas que estão por perto e divirtam-se muito!
Meus homens meninos estão correndo pela casa, nem imaginam o quanto me fazem feliz com seus gritos enlouquecedores. Enchem minha vida.
Feliz ano novoo onde quer que esteja, Tudo de bom independente da hora que seja.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
Vida Dura, essa na China...
Olá Pessoal, hoje com o Mr. Drehmer no comando das palavras, aproveito pra mostrar a verdade das dificuldades que estamos passando por aqui.
Ontem, paguei minha promessa com a Mirian, pendente desde Gravataí, e a levei a um centro de reflexologia, ou foot massage.

Fomos levados a uma sala particular, onde eu a Mi faríamos uma massagem básica nos pés e as crianças deveriam, após muita instrução, ficar quietas, o que o PlayStation e o Nintendo DS conseguem ajudar imensamente.
Duas chinesas (que devem ter pós graduação em tortura) foram responsáveis pela iniciação da Mi nesta sessão de 1 hora de massagem nos pés e pernas. Os video games até que cumpriram seu papel e saímos dalí pra jantar uma boa massa no restaurante Pecatto di Golla do italiano boa vida Simona.
Barriga cheia, meio tontos por conta de 1 litro de cerveja Becks bem gelada, fomos dar uma olhada na noite de Zhuhai e levar os Guris pra primeira balada deles.
Fomos ao
Rude, onde encontramos o Cesar, que além de muito legal é Uruguaio.
Com a Mirian iniciada aos Mojitos, Gabriel e Thiago queriam curtir a música na pista de dança, mas, como os pais dessas crianças não podem ficar na rua até muito tarde, decidimos começar a voltar pra casa, mas não antes de dar uma volta na Bar Street.
Hoje (Sábado) foi dia de sairmos pra dar uma volta na praia, e aproveitamos no caminho para cortar o cabelo. A idéia inicial era só eu e o Thiago cortar, mas o Gabriel vendo a sessão de massagem capilar que se ganha quando se vai cortar, decidiu acompanhar para lavar. O corte ele achou melhor não arriscar, pois segundo ele: Acho que os chineses não sabem cortar cabelo crespo, né mama?

O brabo foi conseguir achar as crianças embaixo de quase 50 chinesas que se aglomeravam para ver e tirar fotos dos dois.
Eu e a Mi cobramos que eles sejam simpáticos quando os chineses vem paparicar eles, mas convenhamos que deve encher o saco ter de tirar umas 30 fotos com umas chinesinhas fazendo "V" com os dedos...

Passado isso, na praia de Zhuhai, o Gabriel foi andar de Quadriciclo.
A tarde foi no Gongbei pra olhar algumas coisas. Como sempre compramos um monte de quinquilharias que não precisávamos, mas estavam baratas...
Amanhã, vamos a Macau cedo pela manhã com o Jorge (brasileiro da EPCOS). Vamos dar uma volta no centro histórico, almoçar por lá (quem sabe numa das churrascarias!!!), dar uma olhada nos cassinos, e antes de voltar encher as mochilas nos supermercados com coisas brasileiras!
Ontem, paguei minha promessa com a Mirian, pendente desde Gravataí, e a levei a um centro de reflexologia, ou foot massage.

Fomos levados a uma sala particular, onde eu a Mi faríamos uma massagem básica nos pés e as crianças deveriam, após muita instrução, ficar quietas, o que o PlayStation e o Nintendo DS conseguem ajudar imensamente.
Duas chinesas (que devem ter pós graduação em tortura) foram responsáveis pela iniciação da Mi nesta sessão de 1 hora de massagem nos pés e pernas. Os video games até que cumpriram seu papel e saímos dalí pra jantar uma boa massa no restaurante Pecatto di Golla do italiano boa vida Simona.
Barriga cheia, meio tontos por conta de 1 litro de cerveja Becks bem gelada, fomos dar uma olhada na noite de Zhuhai e levar os Guris pra primeira balada deles.
Fomos ao

Com a Mirian iniciada aos Mojitos, Gabriel e Thiago queriam curtir a música na pista de dança, mas, como os pais dessas crianças não podem ficar na rua até muito tarde, decidimos começar a voltar pra casa, mas não antes de dar uma volta na Bar Street.
Hoje (Sábado) foi dia de sairmos pra dar uma volta na praia, e aproveitamos no caminho para cortar o cabelo. A idéia inicial era só eu e o Thiago cortar, mas o Gabriel vendo a sessão de massagem capilar que se ganha quando se vai cortar, decidiu acompanhar para lavar. O corte ele achou melhor não arriscar, pois segundo ele: Acho que os chineses não sabem cortar cabelo crespo, né mama?
O brabo foi conseguir achar as crianças embaixo de quase 50 chinesas que se aglomeravam para ver e tirar fotos dos dois.
Eu e a Mi cobramos que eles sejam simpáticos quando os chineses vem paparicar eles, mas convenhamos que deve encher o saco ter de tirar umas 30 fotos com umas chinesinhas fazendo "V" com os dedos...
Passado isso, na praia de Zhuhai, o Gabriel foi andar de Quadriciclo.
A tarde foi no Gongbei pra olhar algumas coisas. Como sempre compramos um monte de quinquilharias que não precisávamos, mas estavam baratas...
Amanhã, vamos a Macau cedo pela manhã com o Jorge (brasileiro da EPCOS). Vamos dar uma volta no centro histórico, almoçar por lá (quem sabe numa das churrascarias!!!), dar uma olhada nos cassinos, e antes de voltar encher as mochilas nos supermercados com coisas brasileiras!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Cartinha para o Papai Noel
Querido Papai Noel,
Este ano fui uma garota esforçada e fiz direitinho todas as minhas tarefas; inclusive mudei-me com minha família para este outro canto do mundo e estou superando até minhas próprias expectativas.
Então Sr. Papai Noel, dá para facilitar um pouco minha vida e me mandar TODOS os manuais destes electrodomésticos íncriveis que temos aqui em casa em português ou inglês juntamente com os respectivos controles remotos?
Sim, porque de nada adianta uma máquina de lavar que lava, seca e até passa se não acerto nenhuma combinação além da mais básica programação.
E a TV então, muito bonita, grande... 52 polegadas, tela com alta definição, entrada para todo o tipo de software, mas nos botões só tem pauzinhos... Sinceramente Papai Noel... Isto só pode ter sido sacanagem de algum daqueles seus duendes.
Tem também o forno, que claro, é micro-ondas e forno elétrico, só que está na mesma situação da TV. Ontem passei 3 horas tentando assar um bolo de banana e tudo o que eu consegui não dá nem para contar aqui; só digo que me deu pena da forma e das bananas.
Até logo mais a noite, tomara que ainda de tempo e o senhor receba minha cartinha.
Posso lhe assegurar que este meu pedido não é nada egoísta e faria feliz a mim e toda minha família, afinal teve uma outra noite que meu marido ficou uma hora na frente da tv tentando ajustar o tamanho da tela de exibição.
Bom trabalho e um Feliz Natal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
Este ano fui uma garota esforçada e fiz direitinho todas as minhas tarefas; inclusive mudei-me com minha família para este outro canto do mundo e estou superando até minhas próprias expectativas.
Então Sr. Papai Noel, dá para facilitar um pouco minha vida e me mandar TODOS os manuais destes electrodomésticos íncriveis que temos aqui em casa em português ou inglês juntamente com os respectivos controles remotos?
Sim, porque de nada adianta uma máquina de lavar que lava, seca e até passa se não acerto nenhuma combinação além da mais básica programação.
E a TV então, muito bonita, grande... 52 polegadas, tela com alta definição, entrada para todo o tipo de software, mas nos botões só tem pauzinhos... Sinceramente Papai Noel... Isto só pode ter sido sacanagem de algum daqueles seus duendes.
Tem também o forno, que claro, é micro-ondas e forno elétrico, só que está na mesma situação da TV. Ontem passei 3 horas tentando assar um bolo de banana e tudo o que eu consegui não dá nem para contar aqui; só digo que me deu pena da forma e das bananas.
Até logo mais a noite, tomara que ainda de tempo e o senhor receba minha cartinha.
Posso lhe assegurar que este meu pedido não é nada egoísta e faria feliz a mim e toda minha família, afinal teve uma outra noite que meu marido ficou uma hora na frente da tv tentando ajustar o tamanho da tela de exibição.
Bom trabalho e um Feliz Natal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Sobre o Natal
Quando viemos para cá, preparei meu espírito para não ver sequer uma bolinha de Natal.
Esta é uma data cristã e não faz sentido chineses comemorarem o nascimento deste cara chamado Jesus Cristo.
Para minha grata surpresa, com a passar dos dias e o natal se aproximando, os shoppings colocaram enfeites, as ruas ganharam iluminação temática e em alguns restaurantes é possível encontrar garçons utilizando touquinhas vermelhas.
O pessoal não dorme no ponto. Apesar de ser uma data sem sentido para eles, não deixaram passar em branco para os muitos estrangeiros que vivem aqui. Afinal, nossos rbms (moeda local) são muito bem-vindos no comercio. Lucro para eles, familiaridade para nós.
No hall de nosso prédio foi colocada uma árvore decorada com fibra ótica que faz um efeito degrade de cores, além de ter nuances fortes e fracas as luzes se alternam em cinco cores diferentes. Tem também um papai-noel e até floquinhos de neve desenhados na porta de entrada. Será a chegada do cristianismo por estas terras? Acredito mais em impulsionar o aumento das vendas e agradar clientes.
Uma coisa muito boa em Zhuhai é que a comunidade de expatriados é bem unida. Digamos, que este grupo de forasteiros funciona como uma comunidade. Os mais experientes auxiliam e integram os recem-chegados.
Somos logo convidados a participar de jantares e outros encontros. Sempre há troca de telefones e como a língua por aqui não é uma coisa muito fácil, ter um cartão pessoal a mão, sempre em inglês e chinês, é coisa bastante usual. Assim quando precisamos ir a casa de um ou de outro basta mostrar o cartão ao taxista.
A mesma pratica se tem com restaurantes. Se foi a algum lugar com alguém e gostou, peça o cartão para poder voltar. Já tenho meu porta-cartões e posso assegurar que funciona muito bem.
Agora voltando ao natal.
Dia 23, hoje, é dia de reunião para fazermos ravioles, dia 24 na ceia os ravioles feitos serão servidos e dia 25 chegou o natal!
Não consigo deixar de estar indignada. TODOS TRABALHAM NORMALMENTE....COMO?! Este é um dia em que se fica com a família, que curtimos estarmos com quem amamos, que vemos filmes de Jesus Cristo, que aproveitamos os presentes.
Aqui não. Meu esposo vai trabalhar normalmente e eu e as crianças ficaremos em casa.
Vou fazer algo legal para não sentir tanta falta do Brasil e do monte de amigos, família, festas, reuniões e barriga estufada que temos por ai.
No meio desta revolta, nestes dias antes da noite de luz, estou descobrindo o verdadeiro espírito de Natal. Não importa esta distancia, não importa esta cultura tão diferente, não importa não ter religião.
Somos o que somos e levamos no peito tudo o que nos é mais precioso.
Aqui, a milhares de quilometros de distância, vocês todos estarão bem juntinho de nós. Em nossos pensamentos e em nossos corações e tenho certeza de que apesar de ser este um natal sem ceia, sem músicas e sem tantos encontros, será um natal muito feliz.
Esta é uma data cristã e não faz sentido chineses comemorarem o nascimento deste cara chamado Jesus Cristo.
Para minha grata surpresa, com a passar dos dias e o natal se aproximando, os shoppings colocaram enfeites, as ruas ganharam iluminação temática e em alguns restaurantes é possível encontrar garçons utilizando touquinhas vermelhas.
O pessoal não dorme no ponto. Apesar de ser uma data sem sentido para eles, não deixaram passar em branco para os muitos estrangeiros que vivem aqui. Afinal, nossos rbms (moeda local) são muito bem-vindos no comercio. Lucro para eles, familiaridade para nós.
No hall de nosso prédio foi colocada uma árvore decorada com fibra ótica que faz um efeito degrade de cores, além de ter nuances fortes e fracas as luzes se alternam em cinco cores diferentes. Tem também um papai-noel e até floquinhos de neve desenhados na porta de entrada. Será a chegada do cristianismo por estas terras? Acredito mais em impulsionar o aumento das vendas e agradar clientes.
Uma coisa muito boa em Zhuhai é que a comunidade de expatriados é bem unida. Digamos, que este grupo de forasteiros funciona como uma comunidade. Os mais experientes auxiliam e integram os recem-chegados.
Somos logo convidados a participar de jantares e outros encontros. Sempre há troca de telefones e como a língua por aqui não é uma coisa muito fácil, ter um cartão pessoal a mão, sempre em inglês e chinês, é coisa bastante usual. Assim quando precisamos ir a casa de um ou de outro basta mostrar o cartão ao taxista.
A mesma pratica se tem com restaurantes. Se foi a algum lugar com alguém e gostou, peça o cartão para poder voltar. Já tenho meu porta-cartões e posso assegurar que funciona muito bem.
Agora voltando ao natal.
Dia 23, hoje, é dia de reunião para fazermos ravioles, dia 24 na ceia os ravioles feitos serão servidos e dia 25 chegou o natal!
Não consigo deixar de estar indignada. TODOS TRABALHAM NORMALMENTE....COMO?! Este é um dia em que se fica com a família, que curtimos estarmos com quem amamos, que vemos filmes de Jesus Cristo, que aproveitamos os presentes.
Aqui não. Meu esposo vai trabalhar normalmente e eu e as crianças ficaremos em casa.
Vou fazer algo legal para não sentir tanta falta do Brasil e do monte de amigos, família, festas, reuniões e barriga estufada que temos por ai.
No meio desta revolta, nestes dias antes da noite de luz, estou descobrindo o verdadeiro espírito de Natal. Não importa esta distancia, não importa esta cultura tão diferente, não importa não ter religião.
Somos o que somos e levamos no peito tudo o que nos é mais precioso.
Aqui, a milhares de quilometros de distância, vocês todos estarão bem juntinho de nós. Em nossos pensamentos e em nossos corações e tenho certeza de que apesar de ser este um natal sem ceia, sem músicas e sem tantos encontros, será um natal muito feliz.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Gritos na noite
O tempo por aqui não deve seguir a regra de segundos que rege o resto do mundo. Normalmente fazemos um montão de coisas e mesmo assim as horas se arrastam. O ritmo das coisas não é corrido, as pessoas não correm.
Noite destas acordei com gritos desesperados de uma mulher na madrugada. Notem que os gritos eram realmente desesperados porque moramos no vigésimo primeiro andar em frente a um hotel da rede Holiday Inn.
Fui logo para a sacada pensando que eu precisa fazer algo para ajudar; mas fazer o que se nem ao menos compreendia o que ela gritava? Tudo o que sabia era do desespero na sua voz.
Como ajudar alguém se não compreendemos o que passa? Como chamar a policia se não sabemos o que dizer ou como falar? Chamar a policia ou uma ambulância?
Ao perceber minha impotência, fiquei ali, petrificada naquela sacada, rezando silenciosamente para que tudo desse certo, seja lá qual fosse a necessidade daquela criatura.
Observei que haviam cinco ou seis táxis parados na rua, que algumas pessoas; funcionários do hotel iam e vinham e a mulher seguia gritando.
Imaginei que deveria ter algo a ver com algum taxista, talvez um atropelamento... Foi quando para me resgatar de meus devaneios ouço sirenes, após uns segundos, ou seriam minutos? As vi. Eram ambulâncias, mas viam como se fizessem um passeio.
Aquela hora da madrugada, nossa avenida, que é uma das mais movimentada de Zhuhai, estava praticamente vazia, e para meu desespero as ambulâncias não corriam. Primeiro veio uma, em seguida outra. Os enfermeiros desceram e caminhavam até onde estava a mulher. E eu de minha sacada pressa na minha agonia, pensava.. Seria mais rápido se a pobre tivesse tomado um táxi. Os táxis por aqui são o meio de transporte mais rápido. Mais do que os carros particulares.
Enfim, carregaram a mulher e seus gritos embora. Fiquei eu, com o coração apertado. Fui ao quarto dos meninos, depois retornei ao meu, olhei meu marido. Tudo o que eu sei é que somos frágeis, muito mais do que queremos crer.
Noite destas acordei com gritos desesperados de uma mulher na madrugada. Notem que os gritos eram realmente desesperados porque moramos no vigésimo primeiro andar em frente a um hotel da rede Holiday Inn.
Fui logo para a sacada pensando que eu precisa fazer algo para ajudar; mas fazer o que se nem ao menos compreendia o que ela gritava? Tudo o que sabia era do desespero na sua voz.
Como ajudar alguém se não compreendemos o que passa? Como chamar a policia se não sabemos o que dizer ou como falar? Chamar a policia ou uma ambulância?
Ao perceber minha impotência, fiquei ali, petrificada naquela sacada, rezando silenciosamente para que tudo desse certo, seja lá qual fosse a necessidade daquela criatura.
Observei que haviam cinco ou seis táxis parados na rua, que algumas pessoas; funcionários do hotel iam e vinham e a mulher seguia gritando.
Imaginei que deveria ter algo a ver com algum taxista, talvez um atropelamento... Foi quando para me resgatar de meus devaneios ouço sirenes, após uns segundos, ou seriam minutos? As vi. Eram ambulâncias, mas viam como se fizessem um passeio.
Aquela hora da madrugada, nossa avenida, que é uma das mais movimentada de Zhuhai, estava praticamente vazia, e para meu desespero as ambulâncias não corriam. Primeiro veio uma, em seguida outra. Os enfermeiros desceram e caminhavam até onde estava a mulher. E eu de minha sacada pressa na minha agonia, pensava.. Seria mais rápido se a pobre tivesse tomado um táxi. Os táxis por aqui são o meio de transporte mais rápido. Mais do que os carros particulares.
Enfim, carregaram a mulher e seus gritos embora. Fiquei eu, com o coração apertado. Fui ao quarto dos meninos, depois retornei ao meu, olhei meu marido. Tudo o que eu sei é que somos frágeis, muito mais do que queremos crer.
Momento relax
A cadeira que aparece na foto em post anterior é uma coisa fantástica!
Trata-se de uma cadeira de massagem, mas não como as que encontramos no Brasil com aqueles vibradorezinhos, nada disto.
Quando senta-se nesta poltrona daqui, ela automaticamente se ajusta ao seu tamanho, isto vale tanto para altura quanto largura, através de um sistema pneumático.
Logo que senta-se nela as pernas vão para uma posição relaxante, em seguida inflam-se almofadinhas na altura dos quadris, panturrilhas e braços, esta almofada inflada exerce uma pressão considerável mas relaxante, enquanto isto nas costas e cabeça o revestimento começa a se mover como se fossem mãozinhas arredondados, parecido com um punho fechado. A sensação é de uma massagem real, como se logo ali existisse alguém nos massageando. Fantástico!
Tudo isto pela singela quantia de 27.000 rmb, o equivalente a mais ou menos R$ 9.000.
O que valeu disto tudo é que enquanto as vendedoras babavam pelos cabelos crespos e negros do Gabriel e pelas bochechas fofas do Thiago, a mamãe aqui ficou fazendo massagem relaxante de graça.
Trata-se de uma cadeira de massagem, mas não como as que encontramos no Brasil com aqueles vibradorezinhos, nada disto.
Quando senta-se nesta poltrona daqui, ela automaticamente se ajusta ao seu tamanho, isto vale tanto para altura quanto largura, através de um sistema pneumático.
Logo que senta-se nela as pernas vão para uma posição relaxante, em seguida inflam-se almofadinhas na altura dos quadris, panturrilhas e braços, esta almofada inflada exerce uma pressão considerável mas relaxante, enquanto isto nas costas e cabeça o revestimento começa a se mover como se fossem mãozinhas arredondados, parecido com um punho fechado. A sensação é de uma massagem real, como se logo ali existisse alguém nos massageando. Fantástico!
Tudo isto pela singela quantia de 27.000 rmb, o equivalente a mais ou menos R$ 9.000.
O que valeu disto tudo é que enquanto as vendedoras babavam pelos cabelos crespos e negros do Gabriel e pelas bochechas fofas do Thiago, a mamãe aqui ficou fazendo massagem relaxante de graça.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Fotos do domingo em família
Domingo Dia em família
É impressionante como são as coisas... Aqui, distante de tudo e todos que nos são preciosos, ficamos sós e nisto nos reencontramos, redescobirmos e fortalecemos.
Uma forma de ilustrar isto, seria imaginar aquelas noites de frio ai no Rio Grande do sul, na qual nos sentamos aconchegados com aquela cobertinha de lã e nossos filhos ou companheiros se chegam a fim de compartilhar deste calor.
É esta coisa, este sentimento, esta proximidade tão íntima de nos sentirmos gelados nesta distancia e nos agruparmos, ficarmos juntinhos, para que nenhuma nesga de frio possa penetrar em nosso corpo.
Com este sentimento começamos nosso final de semana. Estamos sozinhos, mas juntos. Trabalhamos juntos, compramos juntos, rimos juntos. Aliás estamos rindo mais.. de nós mesmos e nossas trapalhadas.
Fomos a um parque e é uma situação engraçada, mas acabamos nos acostumando. Somos mais fotografados que a paisagem, o lago ou o quer que seja. Somos imbatíveis para chamar atenção. Totalmente diferentes de todo mundo. Muito estranha esta sensação.
Os bebês chineses não usam fraldas. NUNCA. Eles colocam as crianças de tanto em tanto tempo; esta lacuna vai aumentando conforme os bebês crescem; para fazer pipi ou cocô em todo o lugar. As calças tem um fundo removível, se é que tem algum, pelos responáveis pela criança, geralmente as avós. Elas fazem um barulhinho com a boca para que a criança possa relacionar o barulho ao horário e a função biológica e pronto, tudo resolvido, fralda para que?
Outro dia estávamos indo a uma feirinha e vi uma mãe segurando uma criança de mais ou menos dois anos e o cocozão caindo ali mesmo no ponto de ônibus. Muito esquisito de se ver.
Quanto mais ando por aqui, mais acho uma ótima idéia tirar os sapatos na porta de entrada da casa, se é que me entendem.
Neste clima e voltando ao nosso final de semana, o Thiaguinho aderiu totalmente a cultura chinesa, ou seja, estávamos caminhando no parque em pleno domingo de sol e eis que de repente ele arria as calças e faz seu próprio pipizão bem ali, na rua, no meio de todo mundo e os chineses acharam um amor. Que sorte a minha ter um filho tão globalizado.
Outra coisa bem interessante por aqui é que existe uma industria de fotos de casamento. O pessoal gasta uma nota em fotos que são feitas antes do casamento. Eles colocam umas roupas com brilhos e vão aos parques e pontos turísticos fazer fotos para o álbum de casamento que deverá acontecer no futuro. Então, neste domingo no parque encontramos duas noivas e seus respectivos tirando as fotos e por baixo do vestido, elas tinham que levantá-lo para poder caminhar, apareciam o jeans e o tenis. Taí mais que eu ainda não tinha visto.
Vou colocar as fotos para ficar mais verossímel.
Uma forma de ilustrar isto, seria imaginar aquelas noites de frio ai no Rio Grande do sul, na qual nos sentamos aconchegados com aquela cobertinha de lã e nossos filhos ou companheiros se chegam a fim de compartilhar deste calor.
É esta coisa, este sentimento, esta proximidade tão íntima de nos sentirmos gelados nesta distancia e nos agruparmos, ficarmos juntinhos, para que nenhuma nesga de frio possa penetrar em nosso corpo.
Com este sentimento começamos nosso final de semana. Estamos sozinhos, mas juntos. Trabalhamos juntos, compramos juntos, rimos juntos. Aliás estamos rindo mais.. de nós mesmos e nossas trapalhadas.
Fomos a um parque e é uma situação engraçada, mas acabamos nos acostumando. Somos mais fotografados que a paisagem, o lago ou o quer que seja. Somos imbatíveis para chamar atenção. Totalmente diferentes de todo mundo. Muito estranha esta sensação.
Os bebês chineses não usam fraldas. NUNCA. Eles colocam as crianças de tanto em tanto tempo; esta lacuna vai aumentando conforme os bebês crescem; para fazer pipi ou cocô em todo o lugar. As calças tem um fundo removível, se é que tem algum, pelos responáveis pela criança, geralmente as avós. Elas fazem um barulhinho com a boca para que a criança possa relacionar o barulho ao horário e a função biológica e pronto, tudo resolvido, fralda para que?
Outro dia estávamos indo a uma feirinha e vi uma mãe segurando uma criança de mais ou menos dois anos e o cocozão caindo ali mesmo no ponto de ônibus. Muito esquisito de se ver.
Quanto mais ando por aqui, mais acho uma ótima idéia tirar os sapatos na porta de entrada da casa, se é que me entendem.
Neste clima e voltando ao nosso final de semana, o Thiaguinho aderiu totalmente a cultura chinesa, ou seja, estávamos caminhando no parque em pleno domingo de sol e eis que de repente ele arria as calças e faz seu próprio pipizão bem ali, na rua, no meio de todo mundo e os chineses acharam um amor. Que sorte a minha ter um filho tão globalizado.
Outra coisa bem interessante por aqui é que existe uma industria de fotos de casamento. O pessoal gasta uma nota em fotos que são feitas antes do casamento. Eles colocam umas roupas com brilhos e vão aos parques e pontos turísticos fazer fotos para o álbum de casamento que deverá acontecer no futuro. Então, neste domingo no parque encontramos duas noivas e seus respectivos tirando as fotos e por baixo do vestido, elas tinham que levantá-lo para poder caminhar, apareciam o jeans e o tenis. Taí mais que eu ainda não tinha visto.
Vou colocar as fotos para ficar mais verossímel.
domingo, 14 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Exames admissionais
Para que se tenha o visto de múltiplas entradas é necessário refazer na China, em orgãos reconhecidos pelo governo todos os exames que fazemos ao sair do Brasil, ou seja, sangue, urina, RX tórax, ecografia do abdômem e exame ginecológico; também são necessárias mais fotos tipo passaporte.
Para realizar tal façanha, pois, lembremos que eu não falo uma palavra em mandarim e tão pouco saberia onde ir, me enviaram uma van da companhia com a chinesa responsável pela minha guarda.
Fomos ao fotógrafo. Fizemos nossas novas fotos que passam por um bom photoshop, pois cabelos lisos e pele clara facilitam a liberação do visto, assim eles dizem. Depois são enviadas por e-mail para algum lugar que necessita dar o ok, garantindo que as fotos são boas o suficiente para termos o visto.
O meu filho menor, com três anos, não entendia a razão pela qual tinha que ficar parado e sério. Enfim, gastamos mais de meia hora tentando fazer com que ele ficasse na posição que o chinês pedia. No Brasil esta tarefa era mais fácil.
Hoje veio a van novamente e foi a vez dos exames físicos e químicos.
Fomos a um lugar que me pareceu ser uma clínica específica para a realização destes exames e iniciamos a triagem. Entramos e nos dirigimos a um guiche onde me tiraram outra foto.
Primeiro fato curioso; eu estava de coque e quando me vi na foto haviam longos cabelos lisos?!
Acho que mais uma vez o photoshop entrou em ação.
Começamos a via crucis...após o guiche fomos a sala de RX que é deveras interessante.
Imagem a cena; duas salas conjugadas, na parede que as divide um grosso vidro que fica em frente a um senhor que parecia ter saído de um filme de Kung fu antigo, que possui um controle como um joystick e me manda entrar na sala colocada a sua frente, ou seja, do outro lado do vidro.
Achei estranho que não me fizesse sinal, já que qualquer diálogo atualmente é impossível, para que eu tirasse minhas roupas, ou brincos ou pelo menos soutien... Nada, nothing, niente, il nage, niechst!
Havia um desenho de pés no chão, me coloquei sobre eles e o aparelho de RX começou a se mover fazendo uma mira bem no meio do meu peito. Pensei tô frita! Mas não tive tempo sequer de olhar para o Chino que logo ouvi - OK! e tudo estava acabado.
Próximo passo exame de sangue. Senta-se em uma mesa como se fosse fazer uma entrevista e tens duas mulheres uma que rotula os frascos e outra que te coloca no braço um butterfly com uma mangueirinha e antes que consigas dizer "Oi" já tens o primeiro frasquinho cheio de sangue enquanto coloca o segundo, tambem te gruda na pele algo parecido com um Band Aid e Tchau - Mais um OK na cara, sai logo da cadeira que já vem outra vítima.
Aqui me passaram muitas coisas pela cabeça... Como fica quem desmaia quando vê sangue? Isto que não comentei que logo atrás desta mulher da coleta tem um aparelho que fica mexendo lentamente todos os frascos com o sangue recolhido. Será que é algum tipo de tortura?
E se fosse uma criança? Será que somos muitos cheios de frescura?
Antes que eu pudesse ponderar a respeito, me fui correndo atrás da moça que me acompanha e foi a vez do exame de visão. Legal, o painel de letras é o mesmo, mas como eu falo? Deixa prá lá, poderia ser pior... Graças a Deus tenho dedos e braços e afinal e só fazer mímica novamente.
Ela me indica uma colher para que coloque no olho a fim de fechá-lo e podermos testar o que ficou disponível. Pelo menos era uma bela colher de sopa.
Tambem te metem na garganta aqueles pauzinhos que quase te fazem vomitar e segundos antes de chamar o Hugo chega a vez das orelhas. Pronto, vamos a próxima parada.
Exame de urina. Recebo um potinho de uns 50ml, o que já torna difícil a tarefa de acertar a mira e me mandam a um banheiro - Explicação: os banheiros aqui, na maioria não tem vaso, só um buraco no chão com o lugar para colocarmos os pés e que fede a mijo (desculpem-me a palavra, mas é que tinha que ser algo assim para ilustrar o cheiro) estava com minha bolsa e o meu filho menor.
Já imaginaram a cena. De pé, bolsa pendurada no pescoço, calças arriadas, rezando para não molhá-las, cuidando para acertar o pote. Ufa! tarefa cumprida. Next step.
Vamos a Ecografia, este é o primeiro dos exames que é exatamente igual aos dos Brasil.
Por fim o exame ginecologico, que juro, até agora não entendi. Entras em uma sala com biombo, uma mulher com cara de poucos amigos te manda passar a parte de trás e com gestos mostrou que eu deveria tirar as calças e indica que eu me sente na mesa dos exames. Tudo certo até ai.
Tirei a roupa como indicado e sentei na mesa; para minha surpresa escuto um sonoro OK! e it's done.
Será que era para verificar minha capacidade de sentar pelada? Depois descobri que o tal exame é só para ver se sou realmente mulher.
A Sonia Bridi diz no livro dela, que todo esse circo montado (que deveria se chamar de linha de produção de exames) tem a simples razão de verificar se o pretendente a morador da China é portador do HIV ou não...
Volto para casa de ressaca de minha jornada a esta clínica com um pequeno corpo que pesa cerca de 16Kg pendente nos meus braços. Lindo, amado, meu companheirinho de três anos que me faz tão feliz.
Para realizar tal façanha, pois, lembremos que eu não falo uma palavra em mandarim e tão pouco saberia onde ir, me enviaram uma van da companhia com a chinesa responsável pela minha guarda.
Fomos ao fotógrafo. Fizemos nossas novas fotos que passam por um bom photoshop, pois cabelos lisos e pele clara facilitam a liberação do visto, assim eles dizem. Depois são enviadas por e-mail para algum lugar que necessita dar o ok, garantindo que as fotos são boas o suficiente para termos o visto.
O meu filho menor, com três anos, não entendia a razão pela qual tinha que ficar parado e sério. Enfim, gastamos mais de meia hora tentando fazer com que ele ficasse na posição que o chinês pedia. No Brasil esta tarefa era mais fácil.
Hoje veio a van novamente e foi a vez dos exames físicos e químicos.
Fomos a um lugar que me pareceu ser uma clínica específica para a realização destes exames e iniciamos a triagem. Entramos e nos dirigimos a um guiche onde me tiraram outra foto.
Primeiro fato curioso; eu estava de coque e quando me vi na foto haviam longos cabelos lisos?!
Acho que mais uma vez o photoshop entrou em ação.
Começamos a via crucis...após o guiche fomos a sala de RX que é deveras interessante.
Imagem a cena; duas salas conjugadas, na parede que as divide um grosso vidro que fica em frente a um senhor que parecia ter saído de um filme de Kung fu antigo, que possui um controle como um joystick e me manda entrar na sala colocada a sua frente, ou seja, do outro lado do vidro.
Achei estranho que não me fizesse sinal, já que qualquer diálogo atualmente é impossível, para que eu tirasse minhas roupas, ou brincos ou pelo menos soutien... Nada, nothing, niente, il nage, niechst!
Havia um desenho de pés no chão, me coloquei sobre eles e o aparelho de RX começou a se mover fazendo uma mira bem no meio do meu peito. Pensei tô frita! Mas não tive tempo sequer de olhar para o Chino que logo ouvi - OK! e tudo estava acabado.
Próximo passo exame de sangue. Senta-se em uma mesa como se fosse fazer uma entrevista e tens duas mulheres uma que rotula os frascos e outra que te coloca no braço um butterfly com uma mangueirinha e antes que consigas dizer "Oi" já tens o primeiro frasquinho cheio de sangue enquanto coloca o segundo, tambem te gruda na pele algo parecido com um Band Aid e Tchau - Mais um OK na cara, sai logo da cadeira que já vem outra vítima.
Aqui me passaram muitas coisas pela cabeça... Como fica quem desmaia quando vê sangue? Isto que não comentei que logo atrás desta mulher da coleta tem um aparelho que fica mexendo lentamente todos os frascos com o sangue recolhido. Será que é algum tipo de tortura?
E se fosse uma criança? Será que somos muitos cheios de frescura?
Antes que eu pudesse ponderar a respeito, me fui correndo atrás da moça que me acompanha e foi a vez do exame de visão. Legal, o painel de letras é o mesmo, mas como eu falo? Deixa prá lá, poderia ser pior... Graças a Deus tenho dedos e braços e afinal e só fazer mímica novamente.
Ela me indica uma colher para que coloque no olho a fim de fechá-lo e podermos testar o que ficou disponível. Pelo menos era uma bela colher de sopa.
Tambem te metem na garganta aqueles pauzinhos que quase te fazem vomitar e segundos antes de chamar o Hugo chega a vez das orelhas. Pronto, vamos a próxima parada.
Exame de urina. Recebo um potinho de uns 50ml, o que já torna difícil a tarefa de acertar a mira e me mandam a um banheiro - Explicação: os banheiros aqui, na maioria não tem vaso, só um buraco no chão com o lugar para colocarmos os pés e que fede a mijo (desculpem-me a palavra, mas é que tinha que ser algo assim para ilustrar o cheiro) estava com minha bolsa e o meu filho menor.
Já imaginaram a cena. De pé, bolsa pendurada no pescoço, calças arriadas, rezando para não molhá-las, cuidando para acertar o pote. Ufa! tarefa cumprida. Next step.
Vamos a Ecografia, este é o primeiro dos exames que é exatamente igual aos dos Brasil.
Por fim o exame ginecologico, que juro, até agora não entendi. Entras em uma sala com biombo, uma mulher com cara de poucos amigos te manda passar a parte de trás e com gestos mostrou que eu deveria tirar as calças e indica que eu me sente na mesa dos exames. Tudo certo até ai.
Tirei a roupa como indicado e sentei na mesa; para minha surpresa escuto um sonoro OK! e it's done.
Será que era para verificar minha capacidade de sentar pelada? Depois descobri que o tal exame é só para ver se sou realmente mulher.
A Sonia Bridi diz no livro dela, que todo esse circo montado (que deveria se chamar de linha de produção de exames) tem a simples razão de verificar se o pretendente a morador da China é portador do HIV ou não...
Volto para casa de ressaca de minha jornada a esta clínica com um pequeno corpo que pesa cerca de 16Kg pendente nos meus braços. Lindo, amado, meu companheirinho de três anos que me faz tão feliz.
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