sábado, 2 de maio de 2009

Sutil diferença

tempos tenho tentado perceber o que me fazia ter a sensação agradável quando algum chinês me explicava ou mostrava algo.
Hoje, no onibus indo ao supermercado me dei conta. É a forma com que mostram e indicam as coisas.
Ao contrário do que nós fazemos, não utilizam apenas os dedos indicadores firmemente retos e direcionados como setas, agulhas ou algo que atinge diretamente a um alvo.
Este povo mostra as coisas, caminhos, direções com toda a palma da mão; a extendem como se a desenrolassem e assim vemos para onde ir.
É algo suave, mais gentil, menos direto e seco. Tentem visualizar para sentir a diferença.
E a mesma coisa se repete quando oferecem ou devolvem algo; pode ser até mesmo o troco no caixa. Sempre seguram com as duas mãos, palmas viradas para cima como uma oferta respeitosa e não um gesto que parece dizer: Pega esta porcaria e sai logo daqui!
Apesar de não ser permitido nenhum tipo de manifestação religiosa, ou mesmo eu que nem tão católica ou praticante sou, posso dizer é possível sentir Deus nestes pequenos gestos, nestas gentilezas...

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