terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sou filha única e quando soube que teria mais um filho entrei e choque.
Cada vez que olhava para meu filho mais velho, sentia como se eu o tivesse traído.
Reconheci naquela situação que o sentimento de traição não tinha relação com ele, mas com minha criança interior que nunca precisou abrir espaço para outro.
Aprendi muito desde então.
Uma das principais lições, foi deixar de lado o discurso vazio sobre individualidade e ter a confirmação e com esta, a certeza absoluta, de que cada um de nós já vem programadinho.
As nossas reações básicas, bem como, a posição que cada um adota diante da vida, sofrem muita influencia do meio onde estamos inseridos; mas em um bebê, ver as reações e interação é fantástico. São exclusivas daquela criança e de mais ninguem.
É como se, naquela "máquina" viesse um pacote de instalação com alguns programas base que variam enormemente de individuo para individuo e cada um com suas maravilhosas diferenças.

Hoje tivemos uma situação na qual o menor me surpreendeu que nunca antes aconteceu com o mais velho. Uma situação normal, rotineira, mas onde mais uma vez vi que sou uma mãe diferente para cada um dos meus filhos e vice-versa.

É a mágica de sermos únicos e imprescindíveis.
Isto explica pq sofremos por amor. Quando somos amados ou amamos somos insubstituíveis; não existe no mundo outra pessoa igual. Que divina perfeição.

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